terça-feira, 9 de dezembro de 2008

The Baggios (SE)


Embebidos nas águas turvas e viciadas da música negra, os acordes envenenados dos garotos da The Baggios misturam ritmos tradicionais, como o blues e o black, ao velho rockão, numa clara demonstração de que a energia da juventude pode ser conjugada a cultura musical de primeira ordem.

A banda nasceu ainda em 2004, quando o marasmo da histórica São Cristóvão obrigou o guitarrista Júlio Dodge a tirar de seis cordas enferrujadas a energia alimentada pelos discos de Jimi Hendrix, Cream, Led Zeppelin, Muddy Waters e Robert Johnson, entre tantos outros fantasmas que assombravam a cabeça daquele menino talentoso, que pretendia ser reconhecido e pagar as próprias contas fazendo música.

Julico, como é conhecido pelos amigos, foi beber água lá Mississipi, mas não esqueceu de casa. Assim é que batizou a banda com o nome do cara mais pirado de sua cidade.

Em Baggio, tudo era peculiar. O músico vivia da forma mais hiponga possível, com roupas esquisitas em cima dos ossos e estórias surreais o fundo da cachola.
Para o jornalista Diego Oliveira, diretor do documentário “Baggio Sedado”, que relaciona a produção musical da banda e a biografia do personagem que a inspirou, a história não podia dar em outra coisa. “A The Baggios tem a embalagem pronta para quem almeja galgar espaços no mainstream: identidade própria, discurso totalmente enraizado com as questões de sua época e de sua gente, um frontman alucinado e talentoso, e letras que falam diretamente ao público, sem meios termos. Isso, em Sergipe, é coisa rara”. Por Rian Santos – Jornalista / Jornal do Dia

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